VERSÃO 20 DEZEMBRO 2012
LEGENDA 01. Nariz, trufa 02. Cana nasal 03. Lábios 04. Stop 05. Maxilas 06. Crânio 07. Garganta 08. Orelhas 09. Pescoço 10. Nuca 11. Garrote 12. Dorso 13. Garupa 14. Pélvis 15. Inserção da cauda 16. Cauda |
17. Ante peito 18. Tórax 19. Esterno 20. Omoplata 21. Braço 22. Codilho 23. Antebraço 24. Articulação do carpo 25. Metacarpo 26. Dedos 27. Pénis 28. Coxa 29. Rótula 30. Perna 31. Ponta do Corvilhão 32. Corvilhão 33. Metatarso |
ORIGEM
Alemanha
UTILIZAÇÃO
Cão de Guarda e Protecção / Cão de companhia.
CLASSIFICAÇÃO FCI
Grupo 2 - Cães tipo Pinscher Schnauzer - Molossoides - Cães tipo montanha, Boieiros Suiços e outras raças.
SECÇÃO 2.1
Molossoides do tipo Dogue. Sem prova de trabalho
BREVE RESUMO HISTÓRICO
Consideram-se como antepassados do actual Dogue Alemão o antigo "Bullenbeisser" assim como os "Hatz und Saurüden (cães de caça ao javali) que se situavam entre os poderosos mastim inglês e um lebreiro ágil e rápido. O termo "Dogue" foi-lhes aplicado por serem cães grandes e fortes que não pertenciam necessariamente a uma raça em particular. Mais tarde, foram utilizados nomes especiais tais como "Dogue de Ulmer ", "Dogue Inglês", "Grande Dinamarquês", "Hatzrüde" (cão de caça), "Saupacker" e "Grande Cão", classificando este tipo de cães de acordo com a côr e tamanho.
No ano de 1878 foi criada em Berlim uma comissão composta por sete membros, que eram criadores activos e juÃzes sob a presidência do Dr. Bodinus, que tomou a decisão de reunir todas as variedades mencionadas no conceito "Deutsche Doggen" (Dogue Alemão). Desta forma se gerou uma base para criar uma raça alemã independente. No ano de 1880, durante uma exposição decorrida em Berlim, foi estabelecido o primeiro estalão para o Dogue Alemão. Este estalão é controlado pelo "Deutsche Doggen Club 1888 e.V" e frequentemente alterado ao longo dos anos. A versão actual define o modelo da FCI.
APARÊNCIA GERAL
O Dogue Alemão na sua aparência nobre, combina uma estrutura grande e forte, com orgulho, força e elegância. A sua harmonia, a sua aparência, as suas linhas bem proporcionadas assim como a sua cabeça notavelmente expressiva, impressiona o observador como uma estátua nobre. Nunca é rude nem refinadamente elegante perfeitamente equilibrado e com dimorfismo sexual bem definido. É o Apolo dentro das raças caninas.
PROPORÇÕES IMPORTANTES
A sua estrutura é quase quadrada, particularmente nos machos. As fêmeas podem ser um pouco mais compridas.
TEMPERAMENTO / COMPORTAMENTO
É afável, carinhoso e devoto para com os seus donos. Pode ser reservado com estranhos mas pretende-se que seja seguro de si mesmo, destemido, de fácil trato, um companheiro dócil e um cão de famÃlia. Deve possuir uma grande resistência a qualquer provocação e não deve ser agressivo.
CABEÇA
Em harmonia com a sua aparência geral. É longa, estreita, bem marcada, muito expressiva. Nunca em forma de cunha. Suavemente cinzelada (especialmente a zona por debaixo dos olhos). A distância desde a ponta do nariz ao stop e desde o stop até à saliência occipital levemente definida, deverá ser a mesma, na medida do possÃvel. A linha superior da cana nasal deve ser paralela com a linha superior do crânio. Vista de frente a cabeça deve parecer estreita e a cana nasal o mais larga possÃvel.
Região Craniana
Crânio: arcadas supra-ciliares bem desenvolvidas mas não salientes
Stop: bem definido
Região Facial
Nariz Bem desenvolvido, mais largo que redondo com orifÃcios nasais bem abertos. Deve ser de cor negra, com excepção da variedade Arlequim (manchas brancas e negras). Nestes últimos é desejável um nariz negro, no entanto toleram-se pigmentações em mariposa (parcialmente pigmentado) ou de cor carne. Na variedade Azul, o nariz é de cor antracite (preto diluÃdo).
Chanfro Profundo e tão rectangular quanto possÃvel. Cana nasal nunca deve ser côncava (forma de prato), convexa (nariz romano) ou descaÃda para a frente (nariz de águia)
Lábios Comissuras dos lábios bem definidas, nem muito pequenos nem demasiado pendentes ou enrolados para dentro. Lábios com pigmentação escura. Na variedade Arlequim são tolerados lábios com pigmentação parcial ou de cor carne.
MandÃbulas/Dentes Maxilares largos e bem desenvolvidos. Mordida forte em tesoura. Dentição sã e completa (42 dentes de acordo a formação dental habitual.). Qualquer desvio a uma completa dentição em tesoura (excepto falta de PM 1, na mandÃbula inferior), é altamente indesejável.
Faces Músculos levemente definidos e de maneira nenhuma protuberantes
Olhos De tamanho médio, com expressão viva, amável e inteligente. Preferencialmente escuros, em forma de amêndoa, com pálpebras bem aderentes. Não muito juntos nem muito separados. Deverão ser escuros quanto possÃvel; os olhos claros penetrantes ou âmbar são indesejáveis. Na variedade Azul permite-se uma coloração mais clara dos olhos. Na variedade Arlequim toleram-se olhos azuis ou mesmo de cor distinta entre eles (anisocromÃa).
Orelhas De inserção alta, naturalmente pendentes; não devem estar acima da linha do crâneo ou demasiado baixas. De tamanho médio. Os bordos frontais pendem junto às faces, mas não podem ser coladas, nem demasiado afastadas.
PESCOÇO
Longo, seco, musculado, nunca curto nem grosso. Bem inserido afunilando levemente até à cabeça com uma linha arqueada. Porte erguido com uma leve inclinação para diante, mas nunca "pescoço de ovelha". Barbela é altamente indesejável.
CORPO
Garrote É o ponto mais alto do corpo forte. É formado pela parte mais alta das espáduas e estende-se para além das saliências vertebrais
Dorso Curto e firme numa linha quase recta descaindo levemente para a parte posterior. O dorso nunca deve ser comprido nem ascender para a parte posterior.
Rim Ligeiramente arqueado, largo, fortemente musculado.
Garupa Larga, com forte musculatura, ligeiramente descaÃda desde o sacro até à inserção da cauda com a qual se funde imperceptivelmente. Nunca deve descer abruptamente ou ser completamente plana.
Peito Desce até à articulação dos cotovelos. As costelas bem arqueadas estendem-se bem para trás. Nunca devem ser em forma de barril nem planas. De boa largura e profundidade, mas nunca deve apresentar lados planos ou falta de profundidade. Ante-peito bem definido, no entanto o esterno não deve ser muito evidente
Linha inferior e ventre Ventre retraÃdo até à parte posterior, formando uma linha curva moderada com o inferior do tórax. Não é desejável que as fêmeas apresentem uma linha inferior frouxa, após a maternidade
CAUDA
Deve chegar aos jarretes, não devendo ser demasiado longa nem demasiado curta. De inserção alta e larga, nem demasiado alta nem demasiado baixa. Não demasiado grossa, afunilando uniformemente até à ponta. Em repouso aponta para baixo formando uma curva natural. Quando o cão está alerta ou em movimento, eleva-se ligeiramente em forma de sabre mas sem ultrapassar a linha dorsal. Cauda em gancho, enrolada ou a pender para um dos lados é altamente indesejável. Pêlo cerdoso na cauda é indesejável.
APRUMOS
MEMBROS ANTERIORES
Aparência geral devem ser suficientemente angulados, musculados e com boa osssatura
Ombros Possuem uma forte musculatura. A espádua larga e inclinada forma um ângulo de aproximadamente 100º a 110º com o braço.
Braço Forte e musculado, junto ao corpo, deverá ser um pouco mais comprido que a espádua.
Cotovelos Sem desvios, nem para dentro nem para fora.
Antebraço Forte, musculado. Visto de frente e de lado, totalmente recto.
Carpo Forte, firme, estável, distingue-se muito pouco da estrutura do antebraço.
Metacarpo Visto de frente, forte e recto. De perfil, mostra uma inclinação muito leve para diante.
Pés anteriores Redondos, bem arqueados com dedos bem juntos (pé de gato). Unhas curtas, fortes, o mais escuras possÃvel
MEMBROS POSTERIORES
Aparência geral O esqueleto completo está coberto por músculos fortes que fazem com que a garupa, coxas e pernas tenham um aspecto largo e arredondado. Os membros posteriores são bem angulados e fortes. Vistos de trás são paralelos aos anteriores.
Coxas Largas, compridas e muito musculadas.
Joelhos Fortes, colocados em forma quase vertical por baixo da articulação da anca.
Pernas compridas, aproximadamente do mesmo comprimento da coxa. Com musculatura desenvolvida.
Jarrete Forte, estável, sem desvios nem para fora nem para dentro.
Metatarso Curto, forte, quase perpendicular ao chão.
Pés posteriores Redondos, bem arqueados com dedos bem juntos (pé de gato). Unhas curtas, fortes, o mais escuras possÃvel.
MOVIMENTO
Harmonioso, ágil, cobrindo muito terreno, levemente elástico. Nunca com passada curta ou ambladura.
As pernas observadas tanto de frente como por detrás devem mover-se de forma paralela e sempre bem coordenadas entre a frente e a rectaguarda.
PELE
Bem aderente, bem pigmentada em cães com cores sólidas.
Na variedade Arlequim a distribuição do pigmento geralmente corresponde às manchas brancas.
PELAGEM
Pêlo Muito curto, liso, macio e de aparência brilhante. Não deve ser grosso ou possuir sub-pêlo
COR O Dogue Alemão cria-se em 3 variedades independentes: Dourado e Tigrado, Arlequim e Preto e Azul.
Dourado Dourado pálido até Dourado intenso. É desejável uma máscara negra. Não é desejável um dourado grisalho, dourado azulado ou dourado "sujo". Sem marcas brancas.
Tigrado: Cor base dourado pálido até dourado intenso com riscas negras regulares e claramente visÃveis na direcção das costelas. É desejável uma máscara negra. As riscas não devem ser esbatidas. Sem marcas brancas.
Arlequim (Branco com manchas pretas ): Cor base branco puro se possÃvel uniforme, de preferencia sem pintas. Manchas pretas irregulares, bem distribuÃdas por todo o corpo. Manchas cinzentas ou acastanhadas ou variações dessas cores, no preto são indesejáveis, bem como salpicados de cinzento-azulado no branco. A cor Cinzento Malhado de Preto ocorre; não é desejável, mas também não é desqualificativo.
Pretos Azeviche. Permitem-se marcas brancas no peito e nos pés. Inclui-se aqui o Mantle em que a cor preta cobre o corpo em forma de manto mas o focinho, o peito, ventre, as pernas e a ponta da cauda podem ser brancas, Também se incluem os exemplares brancos com grandes manchas pretas, os Plattenhunde. O preto nunca deve ter variações de dourado, castanho ou azuladas.
Azul Cor azul aço escuro, permitindo-se marcas brancas no peito e nos pés. Nunca com variações douradas ou negras.
TAMANHO (Altura ao Garrote)
Machos pelo menos 80 cm, não devem exceder os 90 cm.
Fêmeas pelo menos 72 cm, não devem exceder os 84 cm.
FALTAS
Qualquer desvio dos critérios atrás mencionados considera-se como falta e a gravidade da mesma depende do grau de desvio ao estalão e nas suas repercussões na saúde e bem estar do cão
FALTAS GRAVES
FALTAS ELIMINATÓRIAS
N.B: Os machos devem ter dois testÃculos de aparência normal completamente descidos no escroto.